Sólido, gélido.
Metálico, cadavérico.
Inanimado; o homem-escudo
Duro e frio.
Resguarda o amor,
Protege, mas imerge.
Vai ao limbo,
para voltar mais forte.
Contando com Deus,
não crê em sorte,
sabe que vida plena,
só após a morte.
Sangra sozinho,
grita por dentro,
abafado, sufocado,
às vezes sozinho.
Um escudo não pode gemer!
Não seria confiável se urrasse.
Mas são as pequenas fissuras,
que o permitem ser perfurado.
Maculado, machucado.
mais duro, mais gélido, mais cadavérico.
Sangra para não deixar sangrar,
e assim faz o que nasceu para fazer.
Protege, abraça, acolhe.
Mesmo maculado, machucado.
Sofre mudo, permanece calado,
Sabendo que Deus é a espada ao seu lado.
(Allen Arruda – 27 de Novembro de 2021)